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Desporto | Continuidade de Jesus está em causa após derrota inaugural?

por Cátia Reis, em 21.08.13

A derrota (2-1) contra o Marítimo na primeira jornada colocou uma enorme pressão sobre o Benfica. Num momento em que Jorge Jesus vive uma situação bastante fragilizada no clube, este resultado era o pior que lhe podia ter acontecido. O técnico de 59 anos, que no final da época renovou por mais duas temporadas, vive um dos momentos mais difíceis na Luz desde que assumiu o cargo há cinco anos atrás.
Após um final de época desapontante e arrasador, esperava-se um nível de exigência bastante alto. Mas por enquanto, a equipa está muito longe de cumprir com essas expectativas. Encontra-se mesmo a quilómetros desse patamar. De facto, na primeira jornada a equipa apenas demonstrou as fragilidades que tinha apresentado ao longo da pré-temporada. O processo defensivo é anedótico, comete-se demasiados erros para uma equipa que luta por títulos. É constrangedor como esse sector encontra-se tão fraco numa altura em que as competições já estão em andamento. Uma demonstração de como o planeamento da equipa esteve longe de ser o adequado.



O treinador português perdeu o estado de graça com os adeptos benfiquistas. O complexo de inferioridade com o Porto, a teimosia em jogadores de qualidade questionável, as derrotas nos momentos cruciais e a incapacidade de gerir a forma física dos seus activos são problemas crónicos no Benfica de Jesus. Mesmo os jogadores parecem estar longe de apoiar o técnico. O desentendimento com Cardozo no final da Taça de Portugal 


não foi mais que a ponta do icebergue de um balneário dividido e fragmentado. A recente integração de Cardozo é um claro indicio de que a força de Jesus no clube está muito debilitada.


A saída de Jesus devia ter acontecido no final da época com a não renovação do seu contrato. Depois da forma como perdeu o Campeonato, a Liga Europa e a Taça da Portugal a sua continuidade não era possível. Contudo, o presidente Luís Filipe Vieira pensou de forma diferente… Sabia-se que à primeira dificuldade todos iam cair em cima da equipa. O erro esteve sempre na renovação! O presidente acabou por fazer o seu próprio caixão e caso as coisas não melhorem torna-se num dos responsáveis por uma época afastada das grandes conquistas.




Depois de um péssimo final de temporada e de uma pré-temporada muito hesitante, a sua permanência está naturalmente fragilizada. Contudo, a sua saída parece estar longe de acontecer. Um despedimento de Jesus significava ao Benfica ter que desembolsar 8 milhões de euros (!). Quando estamos apenas na primeira jornada essa seria uma decisão repentina e demasiado prematura. Atrevo-me a dizer que seria mesmo estúpida. 
Se olharmos com frieza, o trabalho de Jorge Jesus no Benfica é francamente positivo. A sua estadia já valeu quatro títulos aos encarnados (um Campeonato e três Taças da Liga), mas acima de tudo conseguiu pôr a equipa a jogar um futebol ofensivo e apelativo. Nos últimos anos, as águias habituaram-se a marcar muitos golos e a protagonizar grandes exibições. Até nas competições europeias, os encarnados parecem focados a atingir os momentos gloriosos do passado.





Na verdade, as águias encontram-se repletos de problemas e apenas uma solução: começar a ganhar o mais rápido possível. O jogo contra o Gil Vicente ganha, dessa forma, uma responsabilidade enorme, é imperativo vencer e convencer para afastar qualquer tipo de fantasmas. Este é o momento de dar uma resposta assertiva sobre que tipo de Benfica vamos ter durante esta temporada. Não digo que o conjunto encarnado não consiga fazer uma temporada fantástica, mas neste momento as expectativas estão longe de ser as melhores.
Assim, respondendo à pergunta do título, considero que Jorge Jesus deve permanecer no comando técnico da equipa, mas é inquestionável que muitas coisas precisam de mudar se o Benfica pretende ser um verdadeiro candidato ao título. O encargo financeiro que iria provocar a saída do treinador e instabilidade que isso ia gerar não iriam trazer melhores momentos, podia mesmo levar a mais problemas… Jorge Jesus já demonstrou que é capaz do melhor e do pior na Luz, vamos ver qual dos dois lados ele vai mostrar nesta temporada.



O que correu mal frente ao Marítimo? Qual é a melhor solução para o Benfica: continuidade ou saída de Jesus? A equipa vai conseguir dar a volta por cima e estar na luta pelo título? 


Desporto | Continuidade de Jesus está em causa após derrota inaugural?

por Cátia Reis, em 21.08.13

A derrota (2-1) contra o Marítimo na primeira jornada colocou uma enorme pressão sobre o Benfica. Num momento em que Jorge Jesus vive uma situação bastante fragilizada no clube, este resultado era o pior que lhe podia ter acontecido. O técnico de 59 anos, que no final da época renovou por mais duas temporadas, vive um dos momentos mais difíceis na Luz desde que assumiu o cargo há cinco anos atrás.
Após um final de época desapontante e arrasador, esperava-se um nível de exigência bastante alto. Mas por enquanto, a equipa está muito longe de cumprir com essas expectativas. Encontra-se mesmo a quilómetros desse patamar. De facto, na primeira jornada a equipa apenas demonstrou as fragilidades que tinha apresentado ao longo da pré-temporada. O processo defensivo é anedótico, comete-se demasiados erros para uma equipa que luta por títulos. É constrangedor como esse sector encontra-se tão fraco numa altura em que as competições já estão em andamento. Uma demonstração de como o planeamento da equipa esteve longe de ser o adequado.



O treinador português perdeu o estado de graça com os adeptos benfiquistas. O complexo de inferioridade com o Porto, a teimosia em jogadores de qualidade questionável, as derrotas nos momentos cruciais e a incapacidade de gerir a forma física dos seus activos são problemas crónicos no Benfica de Jesus. Mesmo os jogadores parecem estar longe de apoiar o técnico. O desentendimento com Cardozo no final da Taça de Portugal 


não foi mais que a ponta do icebergue de um balneário dividido e fragmentado. A recente integração de Cardozo é um claro indicio de que a força de Jesus no clube está muito debilitada.


A saída de Jesus devia ter acontecido no final da época com a não renovação do seu contrato. Depois da forma como perdeu o Campeonato, a Liga Europa e a Taça da Portugal a sua continuidade não era possível. Contudo, o presidente Luís Filipe Vieira pensou de forma diferente… Sabia-se que à primeira dificuldade todos iam cair em cima da equipa. O erro esteve sempre na renovação! O presidente acabou por fazer o seu próprio caixão e caso as coisas não melhorem torna-se num dos responsáveis por uma época afastada das grandes conquistas.




Depois de um péssimo final de temporada e de uma pré-temporada muito hesitante, a sua permanência está naturalmente fragilizada. Contudo, a sua saída parece estar longe de acontecer. Um despedimento de Jesus significava ao Benfica ter que desembolsar 8 milhões de euros (!). Quando estamos apenas na primeira jornada essa seria uma decisão repentina e demasiado prematura. Atrevo-me a dizer que seria mesmo estúpida. 
Se olharmos com frieza, o trabalho de Jorge Jesus no Benfica é francamente positivo. A sua estadia já valeu quatro títulos aos encarnados (um Campeonato e três Taças da Liga), mas acima de tudo conseguiu pôr a equipa a jogar um futebol ofensivo e apelativo. Nos últimos anos, as águias habituaram-se a marcar muitos golos e a protagonizar grandes exibições. Até nas competições europeias, os encarnados parecem focados a atingir os momentos gloriosos do passado.





Na verdade, as águias encontram-se repletos de problemas e apenas uma solução: começar a ganhar o mais rápido possível. O jogo contra o Gil Vicente ganha, dessa forma, uma responsabilidade enorme, é imperativo vencer e convencer para afastar qualquer tipo de fantasmas. Este é o momento de dar uma resposta assertiva sobre que tipo de Benfica vamos ter durante esta temporada. Não digo que o conjunto encarnado não consiga fazer uma temporada fantástica, mas neste momento as expectativas estão longe de ser as melhores.
Assim, respondendo à pergunta do título, considero que Jorge Jesus deve permanecer no comando técnico da equipa, mas é inquestionável que muitas coisas precisam de mudar se o Benfica pretende ser um verdadeiro candidato ao título. O encargo financeiro que iria provocar a saída do treinador e instabilidade que isso ia gerar não iriam trazer melhores momentos, podia mesmo levar a mais problemas… Jorge Jesus já demonstrou que é capaz do melhor e do pior na Luz, vamos ver qual dos dois lados ele vai mostrar nesta temporada.



O que correu mal frente ao Marítimo? Qual é a melhor solução para o Benfica: continuidade ou saída de Jesus? A equipa vai conseguir dar a volta por cima e estar na luta pelo título?